terça-feira, dezembro 04, 2007

Um discreto distanciamento












Todos sabemos de portas e portões.
Bonitos, velhos.
Abertos, bloqueados, de madeira, imponentes ou simples cancelas por onde se passa para além de.
Maciços, floreados, de curvas em ferro trabalhado. Caídos das dobradiças. Desanimados
Felizmente, a alegria jovem já não os vê, descuidados no tempo em que os vão ultrapassando.
Portas para um lugar que não é desespero por acaso, porque só foi imaginado e nunca percorrido.
Se há algo que não nos desiluda é a imaginação e a sua força infinita de água corrente.
Quanto tempo se poderá viver com ela e dela?