quinta-feira, maio 22, 2008

Miróbriga II (de museus)






Pelos bocados de barro vão os dedos que os juntaram, pequenos, frágil mistura do que dizem somos feitos.
Imaginar a casa habitada. Anéis e pulseiras, preciosos objectos do quotidiano.

Velhos, amorosamente, os vestígios; e passa-se quase em bicos de pés para não quebrar o cristal do tempo.
O que nos sussura o pó: "aprender, aprender sempre".

4 comentários:

A Lusitânia disse...

se pudesse hoje colocaria nas tuas orelhas os brincos de ouro que uma mulher romana dali deixou junto do templo de Vénus.
Aros finos e com pérolas, porque essa mulher uma oferenda, certamente, foi fazer.
uma cidade, dizes bem, onde no ar estão sempre pairando os espíritos dos deuses.

M. disse...

Belíssimo este teu falar pelo caminho.

Meg disse...

E começa mais uma viagem à descoberta...
ATé já.
Bjs.

jlf disse...

Registei: «passa-se quase em bicos de pés para não quebrar o cristal do tempo» e ainda «o que nos sussura o pó: "aprender, aprender sempre"».

Claro que gostei.
abr