segunda-feira, agosto 31, 2009

A Patuleia e a Maria da Fonte








Não sei se foram os rasgos televisivos destes dias; ou porque a minha doce avó dizia que "era uma patuleia" quando havia confusão entre vizinhas!

Ou as seguintes frases:
"inversão da tendência decrescente"
"abrandamento do ritmo de contracção"
"economia a ficar nivelada"
"nós somos, nós faremos"

e um grande ETC.

Chega de análises, previsões, opiniões - interessam-me as sínteses.
Cada vez mais o que se vê: o rico-rico, o pobre-pobre. Os do meio flutuam, entre a agoniada esperança e o desesperado medo do futuro.

Ruas e canais com muito movimento, notícias em fogo do outro lado do mundo quando vejo fumo no horizonte e da minha janela...

Se é difícil governar e pago para isso, mais difícil me parece ser governado, mal pago, manipulado, dirigido por gentes mentirosas e sem categoria moral.
Por máscaras e narizes torcidos. Palhaçadas.

Meter a justiça e o social na gaveta, exibindo-os quando dá jeito.

Sobre estes aspectos da perfídia - entre o que dizem e o que fazem - mais a opinião de um nobre "boy" sobre a semântica da "ética", M. A. Pina escreveu uma bela crónica, no JN de 28 Agosto. Um lembrete para as memórias curtas e os esqueletos nos armários (ou na despensa).

sábado, agosto 29, 2009

Este Lugar Colorido

Sopa de pedra:
eu que tanto gosto delas, as pedras!
E sopas.


Alimento de corpo para satisfação da alma!

"Para nascer, Portugal:
para morrer, o mundo"
Padre António Vieira (painel de azulejos comemorativo dos 400 anos do seu nascimento, junto ao local onde nasceu)


Andar no apressado cinzento
ou parar só, olhando


Atentos aos sinais, às paredes, às janelas e portas,
ao respirar delas.


Atentos aos tons laranja
à terra azul
vestida de todas as cores.





Para WOLKENGEDANKEN

Este é um lugar de cultivo.
E como falaste nos tons "Laranja", planto aqui o que pensei e me sugeriste pensar.

Como que se aprende, ou lembra, andando por aqui em pontes.
Em pontas.

Deslaçadas que são as convivências comuns.
(porque o dia a dia afoga o que é simples? a troca de ideias?
a cortesia? a empatia?)

Ano antigo



..." o viajante apenas vai formulando ideias que nascem do que vê,
e isso é o que fazem todos
se andarem com atenção a si próprios."

José Saramago em "Viagem a Portugal"

terça-feira, agosto 18, 2009

"Louisiana on my mind"










Organizar sentimentos felizes. Entre flores ou risos.

Com todas as faces na alegria dum dia perfeito.

A perfeição que nos transmitiram e nos fez Bem!

Verde






...que te quero Verde.
Esperança em contos de fadas e histórias com final feliz.

Assim deve ser uma festa de juntar/casar.
Velas de luz ardendo em tempo real, para todos.

Pés na terra


Caminho só de pétalas.

Seja a Vida um Sol.





A Festa.

Com os pés bem assentes na margem do Douro de tantos passados comuns.

domingo, agosto 09, 2009

Terra II








(o PPP leva-me pela mão! a palavra era "Terra"...)

Foi desta forma que o mapa se começou a fazer no meu espírito, um vivo mapa: de ruas, ilhas, colorações, formas.
E nunca mais deixei de gostar de ver o Planisphério ao vivo, lá de cima.
Em tantas, ou algumas, viagens que fiz de avião, o que mais me interessa são as formas das nuvens, o caminho dos rios, o profundo dos mares, quase tocar as montanhas, a neve, as estradas, os rectângulos de terra, as casinhas de brincar - Lilliput - o espantoso da paisagem recortada.
Pois... se se vir uma pessoínha inquieta com a máquina flash flash ...
sou eu,
a completar o meu mapa infantil.

Terra I










Aprendi a Terra - plana e imensa.
Essa foi sempre a "terra" que eu amei, a plana, a imensa.
A passível de abraçar, abarcar.

As lágrimas não me deixaram ver o chão que uma vez abandonei: era fim do dia, recordo a luz dum Agosto qualquer, o sol encandeava o pequeno lugar do avião onde.
Mas lembro-me, ao aproximar e sobrevoar Londres - a cidade dos meus amores - dum esplendor vermelho no céu e muitas, muitas luzes por baixo: as estrelas tinham-se mudado!

Essa ingenuidade dos vinte anos: de ter julgado o céu na terra.