sábado, agosto 08, 2009

Terra










Na verdade, um diálogo que mantenho desde muito pequena.
Havia um Planisphério lá pelas paredes de caliça velha, na casa - faltava muita coisa mas estava ali o Mundo à mão, da pequenita.
Aqueles nomes de sonho Kamchatka Nilo Gronelândia Sidney Terra do Fogo Veneza S. Francisco Alaska Volga Sahara - tantos sinais, uma cabeça de coelho, uma mancha de tinta, uma fita solta no cabelo, um dedo apontado, uma meia lua, um osso, um cacho de uvas.
Assim, sabia de cor (e salteado) entre os 2 ou 3 anos, todas as bandeiras do Mundo - dizem-me!
E eu, sem fechar os olhos, vejo-as alinhadas em símbolos antigos, cores.
Lembro-me de gostar da Turquia e do Canadá. A estrela, o crescente, a folha.
Seria já a memória fotográfica desta máquina interior que recria motivos vivos, sons, paisagens, cores, com uma exactidão - tantas vezes exasperante para poder viver neste mundo vário?

2 comentários:

M. disse...

Era já o Eu...

jl disse...

E não tinhas nada mau gosto!