quarta-feira, janeiro 27, 2010

Vassourinha






Andei a rever
a varrer
tanto do que escrevi, por aqui,
desde há cinco anos.
As pontes que.
(lembrei-me logo do Guadiana e as suas pontes de pombos e ferrugem)
Há gentes que não são. Esquecer que tempo vai passando e tudo muda, pena que sejam - escusadamente - os sentimentos amigáveis e cúmplices.
(das vezes que ouvi e respondi, que revi textos, que dei a opinião, transmiti e pouco transmitida - de como estar "na rede" é como estar num café, entrar, sair
numa festa social
num encontro fortuito
numa qualquer repartição
escritório
balcão)
Sempre me custa: há gentes que não são
nem parecem
evolam-se ("fly away" era mais lindo...)
em nada.
Por isso, andei a (re) varrer bytes e símbolos.

5 comentários:

Maria disse...

De vez em quando vejo uma parte do meu sótão. Mas não levo a vassoura, de propósito.
A rede é a rede, e o que o virtual tem de bom é ser isso mesmo: virtual. Até que um dia nos cruzamos por um livro ou uma foto, e aí a rede passa a ser palpável. E é bom...

Beijo, Bettips.
(há uma foto ao contrário, certo? ou sou eu que não descortino a ponte?)

th disse...

Temos até hábitos semelhantes, gostamos de escrever (de gatos), de rever, de fotos e de lembranças...e temos lapsos de ausências,
Vou dar de jantar ao meu bisneto de cinco anos...lol
th

Rui Fernandes disse...

Dizem que as pontes são uma passagem, mas eu não acredito em tudo o que me dizem. As pontes são virtuais, as margens são reais, os horizontes... os horizontes, sei lá!

M. disse...

Ai a tua vassourinha, que linda está! Um destes dias também fui pá a acompanhar uma vassourinha azul... Assim nos divertimos os dois. :-)) E foi para disfarçar aquela vontade que a vassourinha por vezes tem de "afrontar" os adultos...

Arábica disse...

Vim lendo, devagar, na tarde de chuva. Feliz constipação que me retem em casa e no tempo me trouxe até este tempo.
Gosto da vassourinha.
Às vezes bem que nos são necessárias. :))

Beijinhos